"O conformismo é o carcereiro da liberdade e o inimigo do crescimento." John Kennedy
domingo, 29 de novembro de 2009
Leitura essencial
"
Ainda Orwell
Um conhecido aforismo de George Orwell resume a ambição subjacente à política das alterações climáticas: quem controla o passado, controla o futuro e quem controla o presente, controla o passado.
Os defensores da tese da actividade humana como a causa do aquecimento global controlam o presente da discussão política e pretendem controlar o futuro político da humanidade. O que não se sabia era até onde estavam dispostos a ir na tentativa de controlar o passado. Na última semana ficámos a saber, depois de ‘hackers' terem retirado cerca de 1000 e-mails e 3000 documentos das bases da Climate Research Unit (CRU) da universidade de East Anglia. O director do CRU coordena o HadCrut, uma unidade conjunta com o Hadley Centre for Climate Prediction and Research, que é uma das quarto fontes de dados do IPCC.
Os documentos extraídos do CRU mostram de forma transparente a existência de manipulações dos dados de temperatura, de forma a ocultar variações "inconvenientes" à tese do aquecimento global. Mostram também que há uma campanha deliberada de limitação do livre inquérito científico nesta matéria, através de ataques à reputação de cientistas com posições contrárias, do boicote à publicação de artigos e da viciação do processo de peer review. Em suma, o que transparece destes documentos é o desprezo de cientistas com um papel crucial no IPCC por princípios éticos básicos e pela honestidade intelectual, subordinando a investigação à obtenção de resultados que promovam uma causa política.
Só surpreende a ingenuidade, ou impunidade, com que estas manobras são discutidas por alguns dos intervenientes: o resto não. Nos últimos anos, pelo menos dois pedidos de cedência de dados ao abrigo da lei de liberdade de informação foram recusados pelo HadCrut, o último dos quais com a inusitada justificação que a divulgação dos dados podia "causar danos às relações internacionais". Pela primeira vez, registos de temperatura ascenderam à categoria de segredo de Estado. O CRU fez tudo para evitar a divulgação dos dados e chegou mesmo a declarar que parte das séries tinha sido "perdida". Agora compreendem-se melhor os motivos do pânico.
Num editorial invulgarmente desonesto, o Financial Times tenta limitar os estragos e atribui aos que exigem mais transparência na investigação delírios de uma "vasta conspiração". Não é -vasta. A peça central da política do aquecimento global é o relatório do IPCC de 2007, em particular o capítulo 9, apresentado como o "consenso de 2500 cientistas". Sucede que o capítulo crucial tem apenas 53 autores. Desses, 38% são ingleses e um quinto do total são cientistas do CRU. Dos artigos científicos aí citados, 70% têm como co-autores os 53 cientistas envolvidos: vasta conspiração ou uma rede social com grandes afinidades intelectuais e ideológicas?
O potencial de descrédito para a investigação científica é o resultado da tentativa de utilização do ambientalismo para concretizar uma velha obsessão progressista: a instauração de um governo mundial, assessorado por "peritos" capazes de controlar o futuro e prevenir todos os males. Na cabeça dos crentes, a grandeza do propósito justifica os meios. Orwell sabia do que falava.
____
Fernando Gabriel, Investigador universitário"
sábado, 21 de novembro de 2009
A Extraordinária história de William Kamkwamba
William Kamkwamba nasceu numa família de camponeses na pequena vila de Mastala, no Malawi. Apesar de sempre ter vivido na pobreza, viu a sua situação e a da sua comunidade degradar-se quando em 2001 houve uma seca que assolou severamente o seu país. Muita gente morreu de fome, e William e a sua família passaram a viver em dificuldades ainda maiores. William teve que abandonar a escola porque a sua família não tinha dinheiro para pagar os seus estudos. No entanto o jovem, de então 14 anos, estava determinado em fazer qualquer coisa para continuar a aprender. William intrigava-se com a quantidade de vento que havia no Malawi e começou a perguntar-se a si próprio como é que poderia usar esse recurso natural em proveito da sua comunidade. Então foi para a biblioteca local e pôs-se a ler livros de ciência, em especial de física. A falta de conhecimento da língua inglesa não foi um entrave para William interpretar os diagramas e as palavras que ia encontrando nos livros. Até que um dia encontrou um livro que explicava como um moinho de vento poderia bombear água e gerar electricidade. Esse livro acabou por mudar o destino de William. Com o seu espírito de iniciativa e com o que aprendeu dos livros, William decidiu construir um moinho sozinho e à falta das matérias-primas essenciais, foi usando materiais que foi encontrando num ferro-velho. Desde roldanas, a tubos plásticos, ventilador de tractor a outras peças William conseguiu construir um moinho capaz de gerar 12 watts de electricidade - suficiente para ligar quatro lâmpadas e dois rádios na sua casa. Depois, o rapaz partiu para outro projecto: construir um moinho capaz de gerar no mínimo 20 watts, o suficiente para bombear água e irrigar toda a sua vila. Este é um mini-documentário desta extraordinária lição de vida. Mais informações sobre a sua história podem ser acompanhadas aqui
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A desconhecida grande depressão de 1920
Já ouviram falar na Grande depressão de 1920? Os livros de história e de economia retratam exaustivamente aquela que é conhecida como a grande depressão de 1929. No entanto, não deixa de ser no mínimo curioso que praticamente ninguém fale da grande depressão de 1920. Em 1920, Woodrow Wilson estava na fase final do seu mandato como Presidente dos Estados Unidos da América, quando o seu país começou a enfrentar uma depressão económica. Durante um período de 18 meses que inclui a parte final do seu mandato e o início do mandato de Warren Harding os EUA atravessaram uma crise económica que pouca gente retrata.
Factos interessantes a reter desta crise:
- O primeiro ano foi pior do que o primeiro ano da "grande depressão" que começou em 1929.
- A produção caiu cerca de 21%
- O PIB caiu 24%
- A taxa de desemprego aumentou de 4% para quase 12%
Como podemos constatar tudo indicadores de uma grande depressão económica e bem mais graves do que o que foi registado no primeiro ano daquela que é historicamente conhecida como a grande depressão de 1929 que acabou por durar 10 anos.
Hoje em dia é-nos dito vezes sem conta pelos nossos políticos e por boa parte da imprensa mainstream que perante uma crise económica não podemos sair dela sem fazer nada. Para justificar as medidas governamentais que têm sido tomadas tem-nos sido dito que é completamente impossível sair da crise sem intervenção do governo com políticas contra-cíclicas, quer seja por via fiscal ou por via de políticas monetárias. Por política fiscal entenda-se a actuação do governo no que diz respeito à arrecadação de impostos e ao nível dos investimentos públicos. Por via monetária entenda-se a actuação do Banco central para definir as condições de liquidez na economia, nomeadamente através de oferta de moeda e nível das taxas de juro.
Voltando à grande crise de 1920 o que é que o governo norte-americano na altura fez? Segundo o que nos é impingido hoje em dia teria seguramente aumentado o investimento público e o Banco central, o FED, teria actuado por via de políticas monetárias ora imprimindo mais moeda e/ou baixando as taxas de juro. Afinal é isso que Obama está a fazer, e é o que muitos outros governos um pouco por todo o Mundo, incluindo Portugal estão a fazer. Mas terá sido isso que Woodrow Wilson e Warren Harding fizeram nos EUA em 1920 e 1921? A resposta é não. Pasme-se…o orçamento de Estado caiu entre 1920 e 1921 e entre 1921 e 1922. Bom então secalhar houve pelo menos um estímulo na economia por via monetária? A resposta é também não. Não houve redução nas taxas de juro nem houve uma política de impressão de moeda criada do nada. No espaço de pouco mais do que 18 meses, a economia americana começou a recuperar robustamente. A lição a tirar deste pequeno período da história dos EUA é a de que a receita que permitiu essa recuperação foi o total oposto do que nos dizem hoje ser completamente impossível para recuperarmos duma crise económica. Tudo aquilo que está a ser feito foi o que acabou por levar à grande depressão de 1929 e à actual crise.
Thomas E. Woods, Jr. explica tudo em detalhe sobre a grande depressão de 1920 e as lições a tirar dela neste excelente video.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O poder das ideias-Um olhar diferente para combater a crise
The Chinese use two brush strokes to write the word 'crisis'. One brush stroke stands for danger; the other for opportunity. In a crisis, be aware of the danger-but recognize the opportunity.
Eis um excelente exemplo de uma campanha de viral marketing que leva isto à letra para combater a actual crise mundial. As agências de publicidade Leo Burnett Lisboa e Arc Worldwide desenvolveram um plugin que elimina a palvara "crise", substituindo-a pela palavra "oportunidade".Esta aplicação já foi traduzida para mais de 20 idiomas e tem tido uma excelente resposta em especial em Portugal, no Brasil, EUA, Reino Unido e Austrália.
Podem ver aqui o video do plugin a funcionar
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
O pior ainda está para vir
Em várias entrevistas ao longo dos últimos anos em vários órgãos de comunicação social Schiff foi fazendo o seu alerta como podemos bem ver neste video. Na altura qual foi a reacção? Riram-se dele. Chamaram-no de pessimista e de tudo e mais alguma coisa. Arthur Laffer neste video chegou a dizer a Peter Schiff o seguinte: "monetary policy is spectacular" e que "nunca a economia americana esteve tão bem." Pois bem, hoje sabemos que Peter Schiff estava certo. Mas Schiff não foi o único a prever esta crise. O congressista republicano Ron Paul vinha fazendo os mesmos alertas. Como é que eles conseguiram prever esta crise? Porque são conhecedores da teoria austríaca do ciclo económico. Ron Paul bem tem lutado por ela, mas infelizmente pouca gente nos bastidores do mundo político e económico lhe dá ouvidos. Mais à frente deixarei mais detalhes sobre a teoria austríaco do ciclo económico.
Perante aquela que é a maior crise das nossas vidas o que é que o Governo americano e a maior parte dos Governos mundiais fizeram? Vimos desde bailout' s sem precedentes para salvar as instituições financeiras que foram responsáveis por nos meterem nesta alhada, a pacotes de investimento e endividamento público históricos, a uma descida das taxas de juro para mínimos históricos por parte dos bancos centrais. Tudo o que foi feito não atacou o que nos levou a este crise. Pelo contrário os bancos centrais e os governos estão apenas a criar uma bolha ainda maior que quando explodir vai-nos deixar numa situação como nunca imaginámos ver nas nossas vidas.
Peter Schiff continua a alertar para os perigos da política monetária completamente irresponsável que está a ser seguida pela Reserva Federal Americana em sintonia com a Administração Obama. O que aí vem será inevitável. Hiperinflação e O dólar vai colapsar. Não é uma questão de Se mas antes de Quando e as consequências da queda da maior economia do mundo são impossíveis de imaginar. No entanto Schiff continua a ser ignorado. Os sinais de aparente retoma que começam a ser celebrados pela classe política não passam de um fenómeno de curto-prazo, não é crescimento sustentável!
Toda esta crise foi prevista pela teoria económica da escola austríaca, mas o mundo político continua antes a dar ouvidos a economistas Keynesianos ou aos da escola clássica de Chicago e às suas políticas monetárias. Recomendo a leitura da teoria austríaca do ciclo económico muito bem sintetizada pelo excelente blog brasileiro blog austríaco. Está lá tudo bem explicado:
1.2 Os Elementos da Teoria
Esta disputa tem o efeito de aumentar tanto os preços dos bens de capital quanto a taxa de juros e, como as rendas são maiores nos estágios de bens de capital do que nos de bens de consumo (pois a expansão dos primeiros iniciou-se antes que a dos segundos), ocorrerá uma escassez de capital nas industrias cuja expansão somente agora se inicia (IORIO, 1998, p. 148).
[1]Catalaxia significa a economia de mercado no sentido mais puro do termo (Mises, 1995).
Agora é que vai ser
Fusão BA/Iberia confirmada
Comunismo moderno
Mr Chávez has called on Venezuelans to take quicker showers. “Some people sing in the bath for half an hour,” he told a recent cabinet meeting, broadcast live. “What kind of communism is that? Three minutes is more than enough!” (Fonte)