sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Portugal visto lá fora

Greece, Portugal Debt Concerns Start to Infect Companies, Banks

Investor concerns about the ability of Greece and Portugal to lower their budget deficits is starting to hurt the debt of national utility companies and banks.

The cost to insure Greek sovereign debt against default surged to a record today, spurring a rise in credit-default swaps on Hellenic Telecommunications Organization SA and National Bank of Greece SA. Swaps on Portugal Telecom SA and Energias de Portugal SA jumped as the perceived risk of holding their government debt rose.
“If you fear a Greek crisis then you should not only avoid government bonds but corporates as well,” said Philip Gisdakis, head of credit strategy at UniCredit SpA in Munich. “And if you fear Greece you should also fear Portugal and Spain.”
Portugal needs deeper deficit cuts than included in its 2010 budget to tame rising debt and avoid a downgrade of its credit rating, Moody’s Investors Service said today. Greece is seeking to raise 53 billion euros ($74 billion) in funds this year to reduce a budget deficit of almost 13 percent of gross domestic product, the biggest shortfall in the European Union.
Credit-default swaps on Greece jumped 28 basis points to 402, according to CMA Datavision prices. Swaps on Portugal climbed 4 basis points to 154 and Spain rose 3 to 132. The Markit iTraxx SovX Western Europe Index of credit-default swaps on 15 governments from Germany to Greece rose 0.25 basis points to a record 88.5.
Bonds Decline
Greek government bonds extended their declines, pushing the yield on the 10-year note 39 basis points higher to 7.14 percent.
The country’s new 8 billion euros of five-year bonds that were sold on Jan. 26 also tumbled. The spread on the notes, due August 2015, has widened to 409 basis points over mid-swaps, according to Markit Group Ltd. iBoxx prices on Bloomberg. They were issued at a spread of 350 basis points.
Greece sold almost 75 percent of the notes to international investors, including from the U.K. and France, the head of the nation’s debt agency said.
U.K. investors bought more than 29 percent of the 8 billion euros of notes sold via banks, according to Spyros Papanicolaou, director general of the Public Debt Management Agency in Athens. French investors purchased almost 8 percent and domestic buyers acquired more than 26 percent. The government said it received 25 billion euros of orders.
Credit-default swaps pay the buyer face value in exchange for the underlying securities or the cash equivalent should a company or country fail to adhere to its debt agreements. An increase signals deterioration in perceptions of credit quality.
Contracts on Hellenic Telecommunications rose 10.5 basis points to 149.5 and National Bank of Greece increased 16 basis points to 372. Portugal Telecom climbed 13 to 111 and Energias de Portugal jumped 9 to 100, CMA prices show.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Earthquakes didn't kill Haitians - Underdevelopment did


escrito por Phelim McAleer   

It is only a matter of time before Environmentalists and some scientists blame the Haiti earthquake and its massive death toll on Global Warming. They have already laid the groundwork with this Sept 2009 article in the UK Guardian newspaper. According to Professor Bill McGuire, director of the Benfield Hazard Research Center, at University College London an upcoming scientific conference would show how "global warming threatens the planet in a new and unexpected way – by triggering earthquakes, tsunamis, avalanches and volcanic eruptions." Despite these claims the earthquake in Haiti was not caused by Global Warming.

And the death and destruction was not because Haitians had made a 
pact with the devil.

The reason so many people died in Haiti is because its people live in poorly built houses and have not benefited from development which brings with it cities and houses which can withstand earthquakes.

But guess who are the most active opponents of cities and modern concrete housing?

The environmental movement, sees cities and growing urbanization as "unsustainable" and something that must be stopped. Mark Fenn, the head of the World Wildlife Fund (WWF) in Madagascar, believes development, in the form of jobs and prosperity, will be a negative for some of the world's most impoverished people. These environmentalists view development as an evil - destroying indigenous cultures. As the millionaire Hollywood actor Ed Begley Jr. says they may be poor, but they seem happy and development might threaten this happiness.
For Begley rampant child mortality and horrible deaths in inadequate houses during earthquakes are small prices for 
others to pay as long we can visit them on eco-holidays.

Environmentalists call this sustainable development but the only thing sustained is poverty. In the face of this massive earthquake it has meant visiting death and destruction on some of the poorest people on the planet. Shame on environmentalists, and shame on Ed Begley Jr.

Fonte

Alta velocidade...para a nova praia de Madrid?


Grandes frases

Selling to people who actually want to hear from you is more effective than interrupting strangers who don't
Seth Godin, Marketing Guru


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Socialismo de sarjeta(II)

Isto não vai acabar nada bem...


Chávez desvaloriza moeda em 50% e ameaça ocupar empresas que subam preços


O presidente da Venezuela decidiu implementar uma medida que o país adoptou nos anos 80 e que gerou uma corrida às lojas e uma forte alta da inflação. A moeda do país foi desvalorizada em 50% e Hugo Chávez ameaça as empresas que subam os preços com a intervenção do exército.


O presidente da Venezuela decidiu implementar uma medida que o país adoptou nos anos 80 e que gerou uma corrida às lojas e uma forte alta da inflação. A moeda do país foi desvalorizada em 50% e Hugo Chávez ameaça as empresas que subam os preços com a intervenção do exército.

Chávez decidiu desvalorizar o bolívar em 50% de modo a impulsionar a economia, controlar o défice e a estancar a saída de dólares do país. A taxa de câmbio da moeda venezuelana estava fixada em 2,15 bolívares por dólar, sendo que o presidente venezuelano decidiu fixar duas taxas de câmbio.

Para os bens essenciais importados, como alimentos e medicamentos, foi fixada uma taxa de câmbio de 2,6 bolívares por dólar. Para os bens não essenciais a taxa de câmbio é de 4,3 bolivares por dólar, o que representa uma desvalorização de 50% face ao câmbio anterior.

Chávez inspirou-se numa medida já adoptada nos anos 80 pelo país da América Latina, mas agora anunciou medidas para evitar o que aconteceu na altura, uma forte subida nos preços dos bens importados.

O presidente da Venezuela diz que as empresas não têm razões para subir os preços devido a esta medida e quem achar o contrário sofrerá as consequências. Chávez ameaça as empresas que subirem os preços com a ocupação por parte do exército. Se não acatarem as empresas serão nacionalizadas ou entregues aos trabalhadores.

Nos anos 80 esta medida gerou hiper-inflação, falta de produtos nas lojas e um forte aumento da corrupção. Para já a medida provocou uma corrida às lojas por parte dos venezuelanos, para comprarem produtos importados como televisões e electrodomésticos.

Depois do sector privado ter ameaçado com a duplicação dos preços, Chávez decidiu criar um comité “anti-especulação”, afirmando que o Governo será a única entidade com o poder de deliberar subidas nos preços.

“Os burgueses já estão a falar em como os preços irão duplicar e que irão fechar os seus negócios”, disse Chávez na sua comunicação ao país “Alô Presidente”. “Povo, não se deixem roubar, denunciem-nos e serei capaz de nacionalizar esse negócio”, adiantou, acrescentando que já ordenou ao exército que formule “um plano de ofensiva” que passará pela tomada “de qualquer empresa, de qualquer tamanho, que jogue o jogo burguês da especulação”.

O presidente da Venezuela argumenta que a desvalorização do bolívar vai aumentar a competitividade dos produtos venezuelanos no exterior e reduzir a dependência das importações. A inflação, que já se situa nos 25%, deve disparar, alertam os economistas.

Contudo, outros economistas acreditam que a medida não terá grande impacto, já que grande parte das importações são já efectuadas à taxa de câmbio praticada no mercado negro, onde cada dólar vale 6,15 bolívares.

No mercado de capitais as empresas exportas à Venezuela estão a ser penalizadas. A espanhola Telefónica desce mais de 2% para 18,62 euros. 



Fonte: Jornal de Negócios

Socialismo de sarjeta

Chavez vai produzir "novelas socialistas"

Grandes frases

Spin may work in traditional media, but the Internet has a built-in B.S detector
Chris Pirillo, Tech Guru

domingo, 10 de janeiro de 2010

Ads of the World












































Morumbi Shopping Outdoor Ad campaign
Advertising agency: Leo Burnett Brasil, São Paulo, Brazil

Terrorismo climático

Os media mainstream têm sido brutalmente alarmistas sempre que abordam o polémico tema do global warming. Em vez de darem ouvidos a quem percebe mesmo do assunto, nomeadamente climatologistas, tendem a mostrar a história do lado do alarmistas do IPCC. A esperança do inconformismo tem vindo a abordar este tema tentando desmistificar mitos sobre este tema e procurando mostrar aos seus leitores o outro lado da história, sempre com base em estudos e climatologistas sérios. Um dos climatologistas que mais tenho citado tem sido o professor brasileiro Luiz Carlos Molion  formado em Física pela USP, com doutorado em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA) e pós-doutorado na Inglaterra. Ex-director e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Prof. Molion lecciona actualmente na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Maceió, Brasil, onde também dirige o Instituto de Ciências Atmosféricas (ICAT). A esperança do conformismo partilha uma excelente entrevista do Catolicismo ao Prof.Molion: 




Catolicismo — O Sr. concorda com as conclusões propagadas pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), de um aquecimento global causado pela ação humana?


Prof. Molion — O IPCC (órgão vinculado à ONU) não comprova que o aquecimento global seja produzido pelo homem. Nos estudos já realizados sobre a variabilidade do clima, o aquecimento global se encontra dentro dos limites da variabilidade natural. É impossível, com o conhecimento atual sobre o clima, identificar e comprovar o possível aquecimento antropogênico.


Na minha versão mais nova do aquecimento, analiso três argumentos básicos:


1) As séries de temperatura média global não são representativas. Nos últimos anos, o número de estações climatométricas viu-se drasticamente reduzido — por volta de 14 mil no final da década de 1960, para menos de 1.000 hoje — pelo Goddard Institute for Space Studies (Dr. James Hansen), NASA. A maior parte das estações desativadas se encontrava na zona rural. As localizadas nas cidades sofrem o efeito da urbanização, o chamado “efeito ilha de calor”, que produz certa tendência de aquecimento.


2) O aumento da concentração de CO2 não se correlaciona com aumento de temperatura. Após o término da II Guerra Mundial, o consumo de petróleo se acelerou, no entanto a temperatura média global diminuiu. Em eras passadas –– como os interglaciais, de 130 mil, 250 mil e 360 mil anos atrás –– as temperaturas estiveram mais elevadas que as atuais, embora com concentrações de CO2inferiores. Portanto, não é o CO2 que aumenta a temperatura do ar, e sim o contrário: o aumento da temperatura provoca aumento da concentração de CO2, principalmente devido ao aquecimento dos oceanos.


3) Finalmente, os modelos de clima utilizados para as “projeções” da temperatura média global nos próximos 100 anos ainda são incipientes, não representam a complexidade e as interações dos processos físicos que determinam o clima. Os cenários utilizados pelo IPCC são hipotéticos, e muito provavelmente não virão a se concretizar, pois os oceanos, ao se resfriar, passarão a absorver mais CO2. Ou seja, as simulações com modelos de clima não passam de meros exercícios acadêmicos, não se prestando à formulação de políticas adequadas para o desenvolvimento da sociedade.


Catolicismo — O que realmente vem acontecendo com a temperatura da Terra? Por exemplo, como o derretimento das calotas polares pode ser explicado?


Prof. Molion — Não se pode negar que a temperatura global aumentou nos últimos 100 anos, porém isso aconteceu por processos naturais, e não antrópicos (provocados pela ação do homem sobre a vegetação). O gelo do Ártico já derreteu entre 1920–1945, quando o homem lançava menos de 10% do carbono que lança hoje na atmosfera. A cobertura de gelo em 2009 já foi maior que a de 2007, após esse inverno severo do hemisfério norte (América do Norte, Sibéria e China).


A permanência do gelo depende do transporte de calor feito pelas correntes marítimas –– a corrente (quente) de Kuroshio, no Pacífico (Japão), e a corrente (quente) do Golfo do México, no Atlântico. Esta última, quando mais ativa como no período 1995-2007, transporta mais calor para o Ártico e derrete o gelo flutuante. Ao derreter, o gelo não eleva o nível do mar, pois já desloca o volume que vai ocupar quando fundir. Esse transporte de calor é em parte controlado por um ciclo lunar de 18,66 anos, que esteve em seu máximo em 2005-2006. Estudos indicaram que o gelo continental em cima da Groenlândia permanece lá desde a última era glacial, há mais de 15 mil anos. O gelo da Antártica (Pólo Sul), por sua vez, continuou a crescer nos últimos 60-70 anos.


Catolicismo — Que outros estudos desqualificam o consenso dos cientistas vinculados à ONU? Que livros e autores o Sr. recomendaria?


Prof. Molion — Dois livros: The Chilling Stars, a New Theory of Climate Change, de Henrik Svensmark e Nigel Calder; e The Unstoppable Global Warming – Every 1.500 Years, de Fred Singer e Dennis Avery. Outros artigos podem ser encontrados na lista de referências bibliográficas dos meus artigos publicados.


Fato digno de nota é que nos últimos dois mil anos reconhecidamente houve, no período medieval entre os anos 800-1200, um aquecimento global maior que o atual, o chamado “Ótimo Climático Medieval”. Esse aquecimento permitiu que os nórdicos (vikings) colonizassem o norte do Canadá e o sul da Groenlândia (Terra Verde), hoje coberta de gelo. E as concentrações de CO2eram inferiores a 280 ppmv (partículas por volume) na época, de acordo com as estimativas.




Catolicismo — Como o Sr. avalia a cobertura da imprensa brasileira e internacional em relação às alardeadas mudanças climáticas e outras questões ambientais com as quais a sociedade moderna se depara?


Prof. Molion — Infelizmente, a imprensa nacional e estrangeira dá ênfase exagerada ao aquecimento antropogênico do clima. Em particular a nossa mídia, televisionada e escrita, apenas repete o que vem de fora, sem fazer críticas. Talvez isso ocorra por falta de conhecimento e desinteresse dos jornalistas pelo tema, ou por interesses dos controladores desses veículos de comunicação.


A mídia vem anestesiando, impondo aos cidadãos comuns o que se convencionou chamar de “lavagem cerebral”, ficando a impressão de que o homem é responsável pela mudança do clima –– o seu grande vilão. Como veículo de informação, a mídia deveria ser neutra, ouvir opiniões contrárias e tentar apenas relatar o conhecimento científico comprovado e suas limitações. Isso já aconteceu antes. No início dos anos 1940, dizia-se que o mundo estava“fervendo e estava sufocante” com o aquecimento natural ocorrido entre 1925-1946. No início dos anos 1970, ao contrário, dizia-se que estávamos à beira de uma nova era glacial, devido ao resfriamento global que ocorreu entre 1947-1976. Em adição, como argumento de que o clima está mudando, exploram os eventos meteorológicos catastróficos que ocorrem. Eventos severos sempre ocorreram no passado, muito antes de o CO2 chegar a essa concentração.


A maior seca no nordeste do Brasil ocorreu em 1877-1879, durante a qual, segundo Euclides da Cunha em Os Sertões, meio milhão de nordestinos morreram. As três maiores cheias em Manaus ocorreram em 1953, 1976 e 1922, quando o Pacífico estava frio. A cheia recorde de 2009 também ocorreu com o Pacífico frio e com a “temperatura média global” em declínio, constatação feita com dados de satélites nos últimos 10 anos.


O furacão mais mortífero nos Estados Unidos ocorreu em 1900 em Galveston, no Texas, ceifando a vida de mais de 10 mil pessoas. Nessa época, a densidade populacional era seis vezes menor que a de hoje. É preciso não confundir intensidade dos fenômenos meteorológicos com vulnerabilidade da sociedade, que aumenta com o crescimento populacional.


Ademais, a sociedade tende a se aglomerar em grandes cidades, tornando mais catastrófico atualmente um fenômeno com a mesma intensidade de outro que houve no passado. O homem não tem capacidade de mudar o clima global, mas sim de modificar seu entorno, seu próprio ambiente.


Catolicismo — O Sr. crê na idéia de que a aplicação do Protocolo de Kyoto produz efeitos no clima da Terra? E quanto ao Protocolo de Montreal,que obrigou os 191 países signatários a extinguirem o CFC (clorofluorcarbono) e outras substâncias destruidoras de ozônio?


Prof. Molion — Sob o ponto de vista de efeito estufa e de aquecimento global, o Protocolo de Kyoto é inútil, assim como o serão quaisquer tentativas de reduzir as concentrações de carbono na atmosfera para “combater o efeito estufa”. Nele é proposta uma redução de 5,2% das emissões, comparadas aos níveis dos anos 1990. Estamos falando de cerca de 0,3 bilhões de toneladas de carbono por ano (GtC/a). Para se ter uma idéia, estima-se que os fluxos naturais entre os oceanos, solos e vegetação somem cerca de 200 GtC/a. O grau de imprecisão admitido nessas estimativas, perfeitamente aceitável, é de 20%. Isso representa um total de 40 GtC/a para cima ou para baixo (80 GtC/a), 13 vezes mais do que o homem coloca na atmosfera e 270 vezes a redução proposta por Kyoto.


Catolicismo — Atualmente não se fala mais da camada de ozônio. O que ocorreu?


Prof. Molion — Com a minha idade e conhecimento dessa área, já vi ocorrer num passado próximo algo muito semelhante, utilizando exatamente a mesma “receita”: a eliminação dos compostos de clorofluorcarbono-CFCs (Protocolo de Montreal), sob a alegação de destruírem a camada de ozônio.


Em minha opinião, foi uma grande farsa, um grande golpe econômico para que as indústrias detentoras de patentes dos substitutos –– que têm suas matrizes no G7, e lá pagam impostos sobre seus lucros –– explorassem os países em desenvolvimento, particularmente os tropicais (Brasil, Índia...) que precisam de refrigeração a baixo custo.


Sabe-se que a concentração de ozônio depende da atividade solar, mais especificamente da produção de radiação ultravioleta (UV). Ou seja, o ozônio não filtra a UV, e sim a UV é consumida, retirada do fluxo solar para a formação do ozônio. O sol tem um ciclo de 90 anos. Esteve num mínimo desse ciclo nas primeiras duas décadas do século XX e apresentou um máximo em 1957/58, Ano Geofísico Internacional, quando a rede de medição das concentrações de ozônio se expandiu e os dados de ozônio passaram a ser amplamente coletados e disseminados.


A partir dos anos 1960 a atividade solar (UV) começou a diminuir, e a camada de ozônio teve suas concentrações reduzidas paulatinamente. O sol está iniciando um novo mínimo do ciclo de 90 anos, e estará com atividade baixa nos próximos 22 anos, até por volta de 2035. Nesse período a camada de ozônio atingirá seus valores mínimos desde que começou a ser monitorada. Mas, como os CFCs já foram praticamente eliminados, e a exploração econômica já foi resolvida, não se fala mais sobre o assunto.


Em princípio, o sol só voltará a um máximo, semelhante ao dos anos 1960, por volta do ano 2050. Só aí, possivelmente, é que a camada de ozônio venha atingir os mesmos níveis dos anos 1950/60. O aquecimento global antropogênico segue a mesma “receita” que eliminou os CFCs. Esses gases estáveis, não tóxicos e não-corrosivos, tinham um terrível “defeito”: não pagavam mais direitos de propriedade (“royalties”). Hoje se vê claramente quem foram os beneficiados por tal falcatrua. Os do aquecimento global antropogênico ainda não são óbvios, mas a História dirá!


Catolicismo — O que pode ser feito para o meio ambiente?


Prof. Molion — Usar os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL): atividades humanas que reduzam a poluição (note: poluição, e não CO2!) do ar, das águas e dos solos, reflorestamento de áreas degradadas. São medidas sempre muito bem-vindas, e devem ser apoiadas. É importante não confundir conservação ambiental com mudanças climáticas. Aqueça ou esfrie, temos de conservar o ambiente.


Catolicismo — A elevada concentração na atmosfera de CO2 e outros gases que supostamente causam o efeito estufa não interferem na saúde humana?


Prof. Molion — O principal gás de efeito estufa, se é que esse efeito existe, é o vapor d’água (água na forma de gás). Em alguns lugares e ocasiões sua concentração chega a ser 100 vezes superior à do CO2. Este, por sua vez, é um gás natural, é o gás da vida. Na hipótese, altamente improvável, de eliminarmos o CO2 da atmosfera, a vida cessaria na Terra. O homem e os outros animais alimentam-se das plantas. Eles não produzem os alimentos que consomem. São as plantas que o fazem, por meio da fotossíntese, absorvendo CO2 e produzindo amidos, açúcares e fibras. Outros gases, como metano e óxidos de nitrogênio, estão presentes em concentrações muito baixas, que não causam problemas.


Fala-se muito que o aumento da temperatura global provocaria ipso factouma proliferação do número de doenças que dependem de mosquitos como vetores (febre amarela, malária, dengue, por exemplo). Convém lembrar que a malária matou milhares de pessoas na Sibéria nos anos 1920, um período muito frio, e que já foi encontrado Aedes aegypti vivendo a –15°C (abaixo de zero). Esses mosquitos continuam matando seres humanos e já sobreviveram a climas mais quentes e mais frios. Portanto, o problema seria mais de saneamento básico do que de clima. Entretanto, todo esforço que se fizer para diminuir a poluição do ar, águas e solos será muito benéfico para a humanidade.


A propósito, as concentrações de metano se estabilizaram nos últimos 20 anos, embora continuem a se expandir as atividades agropecuárias, como orizicultura e pecuária ruminante.


Catolicismo — Essa questão do metano está sendo muito falada. A pressão ambientalista aponta a pecuária e o desmatamento como os principais vilões no Brasil. Nossa agroindústria seria uma das piores intoxicadoras do planeta com CO2. Qual a base científica para tais afirmações, no que diz respeito à emissão de metano pelo gado ruminante? Em um filme de ambientalistas holandeses, estes chegam a apresentar o desenho de um boi poluindo mais que quatro veículos...


Prof. Molion — O metano é resultante da fermentação anaeróbia da matéria orgânica (vegetal e animal). Arrozais, animais ruminantes e cupins são produtores de metano. Também o são as áreas com vegetação alagadas periodicamente (como os milhares de hectares das várzeas amazônicas). Entretanto, apesar de as áreas cultivadas com arroz terem aumentado e os ruminantes estarem crescendo à taxa de 17 milhões de animais por ano (o Brasil já passou de 200 milhões de cabeças), a concentração de metano se estabilizou, segundo as medições da rede da NOAA (Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, irmã da NASA, USA), e tem mostrado taxas anuais negativas (ou seja, decréscimo de concentração). Ninguém sabe o porquê disso, nem mesmo o maior especialista em metano, Aslam Khalil, da Universidade Estadual de Portland (EUA). Os nossos rizicultores e pecuaristas podem, portanto, respirar aliviados, pois não têm culpa alguma.


Em minha opinião, o metano chegou à concentração de saturação nas condições de temperatura e pressão atmosférica atuais. O metano adicional (já que as fontes continuam aumentando) que vem sendo lançado na atmosfera está sendo absorvido, muito provavelmente pelos oceanos. Mais uma evidência de que as atividades humanas não alteram nem a concentração atmosférica dos chamados gases de efeito estufa nem o clima (ou temperatura) do planeta. Ao contrário, sua concentração é dependente da temperatura. Como o planeta vem esfriando, e haverá um resfriamento global nos próximos 20 anos, as concentrações desses gases vão diminuir. Começou com o metano e chegará a vez do CO2. Mas isso é negado na palhaçada em Copenhague, por ocasião da reunião da COP 15.


Catolicismo — O Sr. gostaria de fazer algumas considerações finais?


Prof. Molion — O homem não tem condições de mudar o clima global, mas grande capacidade de modificar/destruir seu ambiente local. A Terra se compõe de 71% de oceanos e 29% de continentes. A metade desses 29% é constituída de gelo (geleiras) e areia (desertos), enquanto 7 a 8% do restante encontram-se cobertos com florestas nativas e plantadas. O homem manipula, então, cerca de 7% da superfície global, não podendo portanto destruir o mundo.


Os oceanos, juntamente com a atividade solar, são os principais controladores do clima global. Mas existem outros controladores externos, como aerossóis vulcânicos, e possivelmente raios cósmicos galácticos, que podem interferir na cobertura de nuvens.


Em resumo, o clima da Terra não é resultante apenas do efeito estufa ou do CO2 e sua concentração. Ele é produto de tudo aquilo que ocorre no universo e interage com o nosso planeta. Como foi dito, a conservação ambiental independe de mudanças climáticas e é necessária para a sobrevivência da humanidade.


Fonte: Catolicismo

sábado, 9 de janeiro de 2010

Leitura recomendada


A Islândia, Portugal e os agiotas



por Ricardo Reis, Publicado em 09 de Janeiro de 2010  


Pensamos que se houver falência os anjos alemães ou a UE nos salvam. Os islandeses aprenderam em 2009 que não é bem assim


Esta semana, a Islândia esteve nas notícias por supostamente não ter pago as dívidas ao Reino Unido (RU). Embora a notícia fosse apresentada assim, a realidade é diferente. E relevante para Portugal.

Há pouco mais de um ano, o segundo maior banco islandês faliu. Este banco tinha vários balcões no RU. O depósito à ordem de um inglês num banco inglês está protegido por um fundo de garantia que reembolsa os depositantes até uma certa quantia em caso de insolvência. É assim também para um cidadão europeu em qualquer banco europeu. Mas os bancos islandeses não tinham aberto uma filial no RU com licença bancária aprovada e supervisão financeira, por isso não estavam cobertos pelo fundo de garantia inglês. Embora esta informação fosse pública, a maior parte dos depositantes ingleses ou não sabia, ou não se preocupou com isso. Na melhor das hipóteses (embora duvidosa legalmente), estavam cobertos pelo fundo de garantia islandês.

Motivado pelas dezenas de milhares de ingleses com depósitos em risco, e empenhado em evitar outro escândalo depois do do Northern Rock, o governo inglês decidiu pagar aos depositantes com o seu fundo de garantia. Depois apresentou a factura à Islândia: 3,8 mil milhões de euros, um terço do PIB da ilha.

Os islandeses, a braços com uma enorme crise, e com o seu fundo de garantia esgotado pelos pagamentos aos depositantes legítimos na Islândia, recusaram. Nessa altura os ingleses aplicaram leis antiterroristas para bloquear bens islandeses no RU e impediram qualquer ajuda da UE ou do FMI à Islândia. Pressionado por esta quase extorsão dos ingleses, o governo islandês aceitou, no início de 2009, pagar num prazo de dez anos. Conseguiu assim desbloquear empréstimos do FMI e dos países nórdicos, essenciais para dar um balão de oxigénio à sua economia.

Apesar de forte oposição, o parlamento islandês aprovou o acordo a semana passada. Porém, uma petição com a assinatura de 20% da população do país levou o presidente a usar o seu veto para levar a questão a referendo. A opinião pública islandesa exige, no mínimo, que a quantia a pagar seja condicionada pelo crescimento económico na ilha. Muitos recusam simplesmente esta dívida duvidosa imposta pelos ingleses. O RU respondeu conseguindo que o empréstimo dos países nórdicos fosse novamente bloqueado e usando a UE como capanga para ameaçar a Islândia de 1001 formas.

Portugal está muito longe desta situação, mas no último mês, quando se discutiu o risco remoto de falência do nosso país, houve quem afirmasse com ligeireza que não havia problema, pois os anjos alemães ou a UE nos salvariam. Os islandeses aprenderam em 2009 que, nestas ajudas internacionais, em vez do anjo, a imagem mais apropriada é a do agiota mafioso da vizinhança.

Professor de Economia, 

Universidade de Columbia 



Fonte: i

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Grandes frases

Too many marketers try to build buzz instead of engagement. My mom has zero buzz, but if she says something, I'll listen.
Tony Hsieh, Zappos CEO