segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Mitos sobre CO2 e Aquecimento global












Mito 1: CO2 é um gás poluente 
Os media mainstream, em particular os media portugueses, teimam em tratar o CO2 como um gás poluente, o que é falso. O CO2 faz parte da composição química da atmosfera e é o gás da vida, fundamental na fotosíntese das plantas. A atmosfera da terra é uma fina camada de gases que circunda o nosso planeta, sendo composta em cerca de 78% por azoto, cerca de 21 % por oxigénio,  cerca de 0,03% dióxido de carbono, sendo no restante composta por outros gases.  Os media gostam tanto de tratar o CO2 como um gás poluente que quase sempre que vemos notícias sobre aquecimento global e emissões de CO2 nos telejornais ou em jornais de referência (em especial no Público)  vemos essas notícias ilustradas com chaminés de fábricas a deitar fumos pretos para reforçar essa ideia tonta de que CO2=Poluição.  Esta confusão muitas vezes está associada aos combustíveis fósseis, que concordo que sejam poluentes. Contudo, tal como o climatologista brasileiro Luiz Carlos Molion (entrevista UOL, 2009) refere, os combustíveis fósseis são poluentes mas não por via do CO2, mas sim por causa de outros gases como o dióxido de enxofre. Sherwood Idso, juntamente com outros investigadores do Centro de Estudos do Dióxido de Carbono e Mudança Global (EUA) confirmaram recentemente os efeitos positivos da emissão de CO2 para a biosfera. Nos seus estudos Idso confirma o CO2 como um gás claramente não-poluidor. Citando Idso "o dióxido de carbono é verdadeiramente o sopro da vida para todas as plantas e para os animais, que delas dependem para sua existência. Dizer o contrário é uma completa desvalorização da realidade" (ver exposição de Isdo em video "Carbon dioxide:  The breath of life" disponível em http://www.co2science.org)   


Mito 2: CO2 é o maior gás com efeito de estufa e o principal causador do global warming
No ponto anterior já foi desmistificada a mentira de que CO2 é um gás poluente. No entanto há uma coisa que os alarmistas do global warming dizem que até é verdade. CO2 é um gás com efeito de estufa. Se lhe fosse perguntado  sobre qual é o principal gás responsável pelo efeito de estufa certamente que a sua resposta seria o CO2, correcto? Afinal é o que Al Gore diz, e é o que a nossa imprensa nos impinge todos os dias, correcto? No entanto tal resposta está errada. Apesar do CO2 ser um gás com efeito de estufa, está longe de ser o principal. O vapor de água (quase 100% de origem natural) é o principal gás responsável pelo efeito de estufa, contribuindo com 95% do efeito de estufa. O dióxido de carbono representa pouco mais de 3% desse efeito de estufa (Leroux, ler entrevista). Não só é mentira que o CO2 seja o principal gás com efeito de estufa como é bom que se perceba que a esmagadora maior das emissões de CO2 tem como origem fluxos naturais. O CO2 produzido pelo homem é mínimo para afectar o quer que seja. Tal como Molion (entrevista UOL, 2009) refere:













Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões [representa “mil milhões” de acordo com a norma internacional] de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Não vai mudar absolutamente nada no clima.


Acredito que pessoas que crentes da tese do global warming com origem antropogénica possam ficar mais cépticas  perante afirmações como estas de Molion.  Acredito que podem mesmo perguntar o seguinte: Puxa, mas o homem nunca se interessou em medir CO2 antes. Como é que podemos então levar a sério estes números que o Prof.Molion refere? Em resposta a esta pergunta deve ser referido que é verdade que só recentemente é que os climatologistas começaram a ter interesse em medir CO2, mas a verdade é que fisiologistas vegetais sempre tiveram o interesse em saber por exemplo quanto uma planta consome, pelo que existem medições e registos de emissões de CO2 desde o séc.XIX.  Outro grande mito que aqui existe é o famoso gráfico hockey stick que Al Gore apresentou no seu documentário An Inconvenient Truth:














Al Gore e o IPCC usam e abusam deste gráfico para "provar" que existe correlação entre emissões de CO2 e  aumentos de temperatura. Segundo eles quanto mais emissões de CO2 deitarmos para o ar, mais a temperatura aumenta. Esta é a essência da tese do global warming com origem antropogénica. No entanto já foi provado que este gráfico é fraudulento e ignora dados históricos de variabilidade climática. O famoso Hockey Stick de Al Gore ignora factos climatológicos desde há muito comprovados: o Período Quente Medieval (c.1000- c. 1400) e a Pequena Idade do Gelo (c.1500 - c.1850). Logo, aceitar a tese de Al Gore implica apagar toda a história climatológica do Planeta Terra! Além do mais, tal como Rui Moura escreveu aqui ou como já foi explicado neste blogue neste post, o que os dados históricos de registos de temperatura e de emissões de CO2 apontam é exactamente o inverso. É a concentração de CO2 na atmosfera que segue as variações de temperatura da superfície terrestre, ou seja, quando a temperatura aumenta, mais CO2 é libertado na atmosfera e quando a temperatura baixa mais CO2 é retirado, logo toda a tese de Al Gore e dos alarmistas do global warming com origem atropogénica cai logo por terra abaixo.


Mito 3: Existem provas que contrariam o que os cépticos do global warming dizem. Por exemplo as fortes ameaças do Ártico e do Antártico cujo degelo está a causar a extinção dos ursos polares.






A tese de que as calotas polares estão a derreter não passam de propaganda alarmista que serve para manipulação da opinião pública. A realidade parece contrariar o mito de que as colatas polares estão a derreter. Tende a haver muito sensacionalismo mediático. Por exemplo sempre que são publicadas notícias dando conta de problemas no Antártico, como esta elas são apenas referentes à Peninsula do Antártico. Este tipo de notícias são falaciosas pois assumem que o Antártico se comporta todo ele do mesmo modo ignorando características climáticas locais muito particulares. Como o climatologista francês Marcel Leroux explica nesta excelente entrevista:


A Península do Antárctico constitui uma excepção bem conhecida dos climatologistas.











Devido à sua latitude e à proximidade dos Andes, as depressões austrais conhecem aqui uma evolução notável. São canalizadas vigorosamente para o Sul como um fluxo ciclónico quente e húmido.  Tais depressões atmosféricas são cada vez mais cavadas. As trajectórias são cada vez mais meridionais. A temperatura do ar que transportam é crescente. Tal como na vizinhança do Mar da Noruega (ou ainda na região do Alasca – Estreito de Bering), o aquecimento da Península do Antárctico é comandado pela intensificação da circulação de ar quente e húmido de origem tropical dirigido para o Sul. Contrariamente à falsa afirmação do IPCC de que é o efeito de estufa que aquece a região da Península do Antárctico, é o ar quente importado pelo Pólo – em troca do ar frio exportado a partir do centro do Antárctico – que é responsável por esta situação. O ar quente é dirigido para o Pólo através de uma intensificação da circulação do ar quente e húmido que vem de longe. É de origem tropical. Quanto mais intensa é a exportação de ar frio, mais intensa é a importação de ar quente. 

É também falso que a população de ursos polares esteja a diminuir. O National Center for Public Research, que  é uma referência a nível mundial fazendo contagens oficiais das populações de ursos polares, publicou no seu último relatório dados que contrariam completamente este mito. O relatório refere que a população de ursos polares na realidade duplicou nos últimos 40 anos, acrescentando o seguinte: Estimates range from 20,000 to 25,000 polar bears worldwide.  In fact, according to a U.S. Geological Survey study of wildlife in the Arctic Refuge Coastal Plain, polar bear populations "may now be near historic highs."  This dramatic increase in population is noteworthy, as polar bears have one of the slowest reproductive rates of any mammal. 





Se há coisa que os ursos polares têm mais a temer é a sua caça por parte do homem.Mas isso não enche páginas de jornais nem chama a atenção dos telejornais...

Mito 4: Mas existe consenso na comunidade científica de que existe global warming e o homem é o responsável via emissões de CO2.Os cerca de 2000 cientistas que elaboraram o relatório do IPCC assim concordam.


Antes de mais é bom que se tenha noção de que o IPCC é um órgão da ONU, e como tal acima de tudo é um órgão político. O argumento que Al Gore e muitos usam de que existe um alegado consenso científico sobre esta matéria de alterações climáticas é falso. Mas vamos por partes. Primeiro é bom que se tenha a noção de como os relatórios do IPCC são elaborados. O relatório fundamental do IPCC, o do Grupo I, tem 966 páginas e é muito técnico e como tal inclui um sumário que foi escrito para decisores políticos. Esse sumário foi aprovado linha a linha pelos representantes dos governos e das organizações participantes em Fevereiro de 2007. O problema é que o este sumário foi aprovado ainda antes de existir o relatório que era suposto resumir. São vários os climatologistas, e em Portugal por exemplo o Prof.Delgado Domingos ainda recentemente numa entrevista fez questão de referir isto: "o próprio relatório científico contradiz conclusões do sumário antecipado, nomeadamente quando este converte em certezas o que no relatório está rodeado de incertezas, hipóteses e precauções." Em relação aos tais 2000 cientistas, em bom nome da verdade como o que a imprensa cita é sempre o sumário do relatório do IPCC de 2007, deve ser referido que apenas 52 cientistas (entre os quais 23 independentes) participaram neste sumário do relatório. Deste grupo apenas 7 leram o relatório final e apenas 4 apoiaram o documento (provavelmente Michael Mann e Phil Jones, cientistas do IPCC que estão envolvidos no megaescândalo Climategate onde são acusados de manipulação e eliminação de dados) e 2 (do grupo dos 7 independentes) negaram as conclusões do documento. Estas afirmações podem ser confirmadas no documento oficial do Senado Americano "U. S. Senate Minority Report: More Than 700 International Scientists Dissent Over Man-Made Global Warming Claims Scientists Continue to Debunk “Consensus” in 2008 & 2009" recentemente disponibilizado aqui. E para finalizar e em bom nome do rigor científico, não é verdade que as temperaturas estejam a aumentar. Na realidade, na última década as temperaturas têm estado a descer como se pode ver no seguinte Gráfico com a Evolução das temperaturas globais e CO2 entre 1998-2008:
















Fonte: Hadley & MSU

A linha rosa representa:temperatura global tirada por termômetros
A linha azul representa:temperatura global tirada por satélites 

Um comentário:

  1. Existe demasiada informação e contra-informação para saber realmente como vai a evolução do meio-ambiente e quais os factores mais importantes para o seu estado.

    Mas que vantagens existem em fazer-se crer que o CO2 e o Homem são os principais responsáveis pelo aumento da temperatura e pelo aumento do nível do mar?
    Não estou a dizer que não existam, não me parecem é muito óbvias.

    Cumprimentos.

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